quinta-feira, 19 de agosto de 2010

CONTOS DA VIDA REAL


A PEDRA DO CABOCLO

A pedra do cabloco fica na divisa entre corredor com Maravalha é um conjunto de pedra que foi descoberta na barreira do rio a muitos anos é a pedra do cabloco fica a encosta de outras pedras sendo a do centro no formato de um quadrado encravada entre outras pedras, e a pedra do cabloco é uma pedra que é toda oca por baixo dela, que quando o rio está cheio ninguém se atreve colocar as mãos em suas fendas, pois a mesma dar arrepio.Pescar no poço das pedras era disputado todas as pedras pelos pescadores de anzol, que fica ali horas e horas esperando o peixe beliscar a isca. Todos os anos no poço das pedras ficam uns regatos de água fundo que são colocados ramadas servia de disputar por alguns moradores, que ficavam intrigadas por não ficar com o poço para colocar a sua ramada, geralmente o poço da ramada era do dono do sítio do lado de Maravalha que juntos com outros colocava as ramas de espinhos na água. Quando passava algum tempo, começava a cobiça pela retirada da ramada chegando inclusive a ser roubada tarde da noite quando o dono se descuidava e quando amanhecia o dia os ramos estava fora d.àgua e os peixes pegos. Os ramos eram colocados de volta e esperava outro tempo para que a pesca acontecesse dessa vez vigiada. Dó não perdia uma pesca dessas ramadas por que a mãe dele sempre era convidada, pois sempre tinha uma rede boa de pesca e jereré na casa dela não faltava, o local aonde as ramadas eram colocadas tinham boas pedras para se enfiar as mãos e pegar o peixe. Nessas pescarias rolava sempre uma cachacinha e ali assava o tira gosto bastava somente levar o sal para salgar e um fogo era aceso lá também. Quando cercávamos a parte onde estava a ramada que começa a puxar os ramos os peixes começavam a pular para todos os lados.Hoje o poço das pedras esta em grande parte coberta por areias e matos, antes nesse poço das pedras ninguém comia puro, bastava ir lá dar uma mergulhadas na pedras que siri e camarões e traíra era pego de mão não precisava levar mais nada apenas as mãos, alguns pra cá o homem com sua ação devastadora começou a escavar o leito do rio. Com a instalação de dragas, com retirada de areia vai mudando também o curso das águas e hoje o orçamento é grande em quase toda extensão do rio, e o Paraíba em quase toda extensão do vale litorâneo tem uma draga instalada mandando sua areia para o estado de Pernambuco e a Capitania dos Portos se faz de despercebidos e que nada está acontecendo com o leito do rio.Quando ia a mata pegar gravatá de raposa e catar coco catolé deixado pelos urubus a mata era fechada e algumas veredas era muito fechada com a venda de corredor foi vendida e derrubada. Dó gostava de atravessar o rio cheio de para pegar cana-de-açúcar no Várzea do Engenho Taipu, para chupar cortávamos um cavalete de bananeira e amarrava as roupas na cabeça, no cavalete nós enfiávamos um torno para pegar com uma mão e nadar com a outra. Essa cena se repetia todos os anos quando o rio enchia e nesse vai e vem era de quatro a cinco meninos atravessando o rio.Dó também pescava de madrugada no riacho pegar as traíras que descia do açude do ronca, sua mãe lhe chamava porque ele era um garoto muito esperto para onde fosse chamado ele ia, fosse para pescar de jereré no rio ou de rede ele sempre estava disposto. Certa vez Dó resolveu pegar um coco verde para tomara água, quando estava lá encima do pé de coqueiro e quando olhou para baixo quem estava lá? O vigia do sitio então disse: vim pegar uns cocos para Mané Gomes, o vaqueiro do senhor Rubens filho do dono do Engenho Corredor, assim livrou-se de uma punição maior. No Engenho Corredor tem um açude que nunca seca e tem peixe o ano todo, muitas noites Dó, sua mãe e seus irmãos iam pescar tarde da noite, tinha dia que pegava-mos muito peixes e tinha dia que não pegava nada, o segredo era quando chegava-mos era escutado uma chuva de pedra, então já era um aviso se entrássemos no açude nesse dia para pescar não pegávamos nada. Segundo se comentava que um carreiro com um carro de boi tinha sumido nas águas do açude. Por isso as assombrações no açude eram constantes.No poço das pedras em pororoca comenta-se que um morador chamado Salvino certa vez mergulhou e foi achado desmaiado com o braço engalhado na loca da pedra por sorte sobreviveu. Segundo se comenta que poço da pedra tem uma pedra chamada pedra do cabloco, segundo conta-se que nessa pedra um cabloco de uma tribo indígena da redondeza tinha morrido afogado nela. Muitas cheias grandes esse rio já deu ela nem se mexe de seu lugar está ali colocado pela natureza e nenhum homem até hoje se atreveu em removê-la do lugar.Casa de taipa com piso de barro e o fogareiro era de barro com uma trempe que era maior sufoco acende-lo em dia de chuva por que a lenha era molhada e não pegava com o sabugo de milho seco, o candeeiro era a querosene e gás óleo e nem toda casa tinha um lampião a gás e pavio de algodão, as panelas era de barro comprado na feira ou por encomenda, os pratos de estanhos muito bem desenhados n fundo do prato, a louça também era todas desenhadas, a concha era de quenga de coco onde se fazia um furo e colocava o espeto de madeira, a cama de dormir era de vara e o colchão era de capim um tipo de piripiri que brotava nas lagoas ou junco.
A água que era tomada no sitio era de cacimba e quando a seca era longas bebiam água em cacimba feita no leito do rio que era um pouco salgada e bebiam assim mesmo sem nenhum tratamento, as crianças eram barrigudas cheias de lombrigas que era notadas quando iam fazer coco no mato e as lombrigas saiam, na maioria das famílias os pais e a mãe bebiam cachaça para afagar a magoas e o sofrimento de viverem na miséria e as brigas eram constantes em casa.
Para ir a feira no domingo iam montado em cavalos e os meninos barrigudinho ia dentro dos caçoar e o menor a mãe levava escanchado no quadril onde chegava toda doída.
As brincadeiras dos jovens era a noite se reunir no terreiro da casa vizinha especialmente onde tinha bastante moças e rapazes, um candeeiro era colocado na janela e os tamboretes para se sentarem e começava a brincadeiras do anel, adivinhações, de toca e Pêra, Uva e Maçã. Pêra recebia um aperto de mão, Uva recebia um abraço e Maçã ganhava um beijo.
As palavras aqui escrita foi um relato verdadeiro da família dos Targino que nasceu e morou e cresceu na várzea do Rio Paraíba e ainda traz na lembrança as grandes cheias que esse rio dava todos os anos o que preocupavam quem morasse na ribeirinha. A cidade de Pilar era vitima dessas enchentes e da agonia que a população que morava no centro não dormia e alguns se mudava para os lugares mais altos, os moradores da casa grande o Engenho Corredor também mudavam para as casas dos fihos mais distantes do Rio porque ficavam ilhado nas grandes enchentes, e por isso o progresso não veio crescer no Pilar os comerciante do centro as enchentes.Quando essas cheias passavam os balcões de areia muito alva que as crianças brincavam até de noite quando era lua cheia, nesse período o rio passava de três a quatro meses cheios indo as vezes até o mês de julho ou agosto, a areia próxima a água as vezes era disputada palmo a palma pelos plantadores de batata doce que era grande a produção no final do ano e de boa qualidade. O tempo passou e por força do destino as enchentes se escassearam e a última maior cheia ficou na história foi no ano de 1985 derrubando inclusivo a ponte sobre o Rio Paraíba em Pilar e destruiu várias casas na ribeirinha chegando inclusive a poucos metros das casas de São Miguel de Taipu, alguns saindo das suas casas com medo das águas subirem mais.Hoje, as enchentes desse ano para cá cessou e hoje muito mal cobre as areia nos períodos de invernos, o que antes fazia medo hoje nos dar saudade que tomar um banho de rio e atravessa-lo a nado, os peixes e as ramadas eram colocadas todos os anos no poço das pedras que as vezes esse espaço era disputado a tapa.O homem hoje com a sua ganância está assolando o rio e as vezes mudando o seu curso com a retirada da extração de areia com dragas trazidas do Estado vizinho de Pernambuco. A vegetação ribeirinha já não é mais a mesma nas vazantes era plantadas bambus e hoje nem essa espécie de plantas já não existem mais, e são raros arvora nas ribeirinhas do Rio Paraíba. O Rio Paraíba caducou e agora está agonizando seu leito está sendo perfurado pelas dragas e a Capitanias dos Portos não está nem aí para o problema. Hoje a água do rio está escura e com uma alta contaminação que é muito arriscado tomar um banho poderá contrair uma doença de pele e comer o peixe dessa água corre o risco de sofrer uma infecção intestinal e as cidades ribeirinhas a esse rio são altas os índices de verminoses.Nas noite de lua cheia e o rio cheio escutamos o barulho das pedras no poço das pedra e a pedra do caboclo fica mais funda do que as outras pedras e ninguém se atreve nesse período chuvoso colocar a mão na fresta desta pedra que fica toda oco por debaixo e pessoa pode morrer afogado ficando nela engalhado.

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